
O Pelotas Parque Tecnológico continua sendo referência como ecossistema de inovação e tecnologia na região sul do Estado Crédito: Pelotas Parque Tecnológico
Há quase 10 anos em atividade, espaço continua sendo um ambiente estratégico para quem empreende em Pelotas
Com 65 empresas, o Pelotas Parque Tecnológico continua sendo referência como ecossistema de inovação e tecnologia na região sul do Estado. Há um ano de completar sua primeira década de existência, o espaço segue como um atrativo para novas empresas que buscam crescer. Com uma estrutura pensada para conectar e desenvolver talentos locais, o Parque já foi ponto de partida para diversos cases de sucesso: alguns cresceram e seguiram novos caminhos, outros foram adquiridos por grandes grupos, enquanto negócios de outras cidades continuam chegando.
Exemplos como esses são como o de Éder Medeiros, fundador do Melhor Envio, hoje uma das maiores empresas de gestão e intermediação de fretes do Brasil, conhecida por simplificar a logística do e-commerce com uma plataforma gratuita que conecta lojistas a diferentes transportadoras com condições mais acessíveis. Criada no Pelotas Parque Tecnológico, em 2015, a empresa é uma das suas principais histórias de sucesso, tendo sido vendida anos depois por cerca de R$ 83 milhões. Agora, Éder está de volta ao local onde tudo começou, lançando um novo projeto com potencial transformador, o Maker Market, startup que propõe uma infraestrutura inédita de produção sob demanda no país.
Com uma proposta pioneira no mundo, o Maker Market conecta Designers, Makers (pessoas que possuem impressoras 3D) e lojistas em uma única plataforma digital. A dinâmica é simples e inovadora: o Designer cria o modelo 3D, o Lojista vende o produto sem precisar manter estoque, e o Maker imprime e envia diretamente para o cliente final. A produção acontece de forma descentralizada, sob demanda e com abrangência local, um modelo sustentável, ágil e alinhado às novas dinâmicas do consumo e da manufatura.
“Voltar com a Maker Market ao Parque é quase que natural. O local tem estrutura, apoio, conexão com universidades e um ambiente que impulsiona quem está começando”, destaca Éder Medeiros. “Além disso, é um espaço prático, seguro e pronto para usar, tudo o que uma startup nascente como a nossa precisa”.
Atração de empresas de fora
Outro exemplo de empresa que aposta no potencial do Parque é a Primeira Mesa, que atua no setor de reservas antecipadas em restaurantes por todo o país. Já consolidada em Sorocaba, a empresa chegou ao Pelotas Parque Tecnológico no ano de 2019 em busca de um ambiente que favorecesse seu desenvolvimento. O sócio da matriz e responsável pela gestão dos restaurantes em Pelotas, João Sinoti Junior, destaca que estar próximo de outras empresas com foco em tecnologia e inovação cria um ambiente favorável à troca de ideias e parcerias.
“A infraestrutura oferecida pelo Parque é muito boa. Os espaços comunitários nos ajudam a focar no que realmente importa: o produto”, destaca. Atualmente, a Primeira Mesa vive uma fase de consolidação e crescimento, objetivando uma operação de negócios mais estruturada, avançando não apenas nas tecnologias e soluções principais do sistema, mas também no desenvolvimento de ferramentas complementares, que otimizam tanto a rotina da equipe interna quanto a dos parceiros licenciados que estão espalhados pelo Brasil.
Maturidade e referência regional
Para a Diretora Executiva do Pelotas Parque Tecnológico, Rosani Ribeiro, o momento positivo das empresas reflete a maturidade das atividades. “Conectar players é a nossa grande essência, mas também conscientes de que é necessário ter infraestrutura para isso. Cada novo projeto que lançamos, como já foi o Robopel, o CriarLab, a Arena da Inovação e tantos outros, trazem frutos positivos para Pelotas e toda a região, atraindo mais empregos, mais empresas com serviços diferenciados e tecnologia”, comenta.
Dentre os projetos em andamento, a expectativa é maior para o Hub de Inovação em Saúde e Biotecnologia, que tornará Pelotas o primeiro município no país a ter espaços para o desenvolvimento de produtos em ambas as áreas. Elaborado pelo Pelotas Parque Tecnológico, Universidade Federal de Pelotas, Fundação Delfim Mendes da Silveira e a LifeMed, o projeto está em fase de avaliação dos inscritos no edital para a construção do seu futuro prédio. No ambiente, estão previstos laboratórios e estruturas dedicadas a criar novas tecnologias para equipamentos e produtos hospitalares a partir da pesquisa desenvolvida localmente.
Sobre o Pelotas Parque Tecnológico
O Parque, criado oficialmente em 2016, é gerido pela TECNOSUL – Parque Científico e Tecnológico, uma associação civil sem fins lucrativos de direito privado, caráter científico, tecnológico, educacional e cultural, sendo transformada em ICT – Instituto de Ciência e Tecnologia em 2023. Possui um Conselho de Administração (Consad), eleito a cada três anos, e atua em três grandes áreas nas quais o município já se destaca como pólo: tecnologia da informação e comunicação; tecnologia em saúde e biotecnologia e indústria criativa. Atualmente, 65 empresas atuam no Pelotas Parque Tecnológico, sendo 25 instaladas nas áreas geridas pelo Parque, sete no coworking, 22 incubadas e 10 pré-incubadas. Entre as incubadoras estão a Conectar, Incubadora de Base Tecnológica da UFPel; CIEMSUL, incubadora de empresas multissetorial da UCPel e SENATEC, destinada às empresas júnior. Ainda, existem 25 instituições e empresas parceiras. O Parque oferece espaço coworking, com área gastronômica para 55 pessoas, auditório para 230 pessoas, três salas de reunião e capacitações, estacionamento para 75 carros e motocicletas e um FabLab para atividades voltadas à educação e inovação. Ao todo, o Pelotas Parque gera 285 empregos diretos e 700 indiretos.