O Pelotas Treze Horas destaca nesta semana mais uma atividade cultural de Pelotas, que merece o nosso reconhecimento. Na última quinta-feira, 26.09, o professor, cronista e escritor Eduardo Ritter lançou o seu livro sobre o ‘construtor’ de uma verdadeira e magnífica história de vida: Jacques Georges: o menino do porão do navio libanês que virou ícone empresarial brasileiro.
A ideia do livro surgiu em 2022, a partir do seu projeto de Extensão sobre Jornalismo Econômico, intitulado Superávit Caseiro, coordenado por Ritter, que é professor do Centro de Letras e Comunicação da UFPel. Foi conservando com Jacqueline Halal, filha de Jacques Georges, com o objetivo de traçar um perfil da empresária do setor hoteleiro para o site, que Ritter começou a conhecer a história do patriarca da família Halal em Pelotas. “Durante a entrevista com ela, tudo girava em torno do pai de Jacqueline. Ela dizia que a história do pai dela é que renderia uma entrevista para o site”, relembra o professor.
O perfil da empresária foi publicado no site, mas a partir daí, Ritter ficou encantando com a trajetória de Halal. “Eu conversei com o seu Jacques e de cara vi que renderia um livro”, conta. Na obra, o escritor traz à tona a história do empresário nascido no Líbano, em 1942, oriundo de uma família de pouquíssimos recursos, que vivia em uma país, onde as comunidades ainda praticavam o escambo para sobreviver.
Diferentes aspectos da trajetória
O livro, publicado pela editora Insular, de Florianópolis (SC), tem 419 páginas que incluem texto e imagens que narram a história de mais de oito décadas de vida. Ao longo de toda a trajetória, tem a perda do pai, os relacionamentos com os irmãos e familiares, a adaptação a um país com cultura ocidental, o casamento com a esposa libanesa e o nascimento dos três filhos (Jorge, Jacqueline e Daniel) e dos netos.
A obra aborda também a vocação para o empreendedorismo e as relações com o seu país de origem que nunca morreram. Para escrever o livro, Ritter precisou fazer mais de 100 horas de entrevistas com o biografado, além de ouvir familiares, amigos, clientes e funcionários.