No último dia 10 de novembro, durante a reunião da Aliança Pelotas com o senador Hamilton Mourão (Republicanos), na sede da Associação Rural de Pelotas (ARP), o presidente do Centro das Indústrias de Pelotas (Cipel), Augusto Vaniel, reforçou o documento encaminhado pela Fiergs que conceitua como inaceitável uma alíquota de 27,5% para o futuro Imposto sobre o Valor Agregado – IVA – conforme estimativas de cálculo do Ministério da Fazenda.
“Essa alíquota difere dos cálculos anteriores, quando no máximo chegaria a 24% e, nesse patamar, seria neutra em relação à carga tributária vigente”, sustentou Vaniel. Segundo o presidente, o valor maior em três pontos percentuais – mais de 10% – decorre de exceções de benefícios incluídas na proposta original.
Acompanhado dos diretores do Cipel, Amadeu Fernandes e Alfredo Knorr, que é vice-presidente da Fiergs, a comitiva local fez um apelo a para que os parlamentares, sempre ao apreciarem a matéria, tenham a compreensão de que não é mais possível qualquer elevação da carga tributária brasileira, pois isto inviabilizará o desenvolvimento do País. “Além disso, a questão fiscal só será resolvida efetivamente quando os governos realmente reduzirem seus gastos e não pelo simples aumento de impostos”, finalizou o presidente do Cipel.
Ao afirmar sua contrariedade à Reforma, o senador afirmou estar enfrentar uma corrida contra o tempo para diminuir os malefícios no escopo da Reforma. O ex-vice-presidente propõe alterações no atual disposto da matéria para tentar barrar o que considera “falta de neutralidade, justiça e simplicidade no texto da reforma aprovada”.
Uma das críticas do senador diz respeito ao benefício a plantas de veículos flex na região Nordeste, em detrimento das demais regiões do País. De acordo com Mourão, a exceção prevista no texto da Reforma Tributária favorece duas empresas automotivas, sendo uma delas localizada em Pernambuco, estado natal do atual Presidente da República.