
Termo de cooperação facilita possibilidades de crédito para as empresas cerealistas – Foto: Divulgação BRDE
Empresas cerealistas e BRDE firmam parceria para ampliar oportunidades de investimentos
Com o objetivo de promover ações conjuntas em favor do desenvolvimento e maior divulgação das oportunidades de investimentos para melhorar as condições de produção, armazenagem e comercialização de grãos no país, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra) celebraram um termo de cooperação técnica. O acordo contempla também a assistência técnica de equipes do banco na estruturação de projetos para acesso às linhas de financiamento de estímulo ao agronegócio na região Sul.
Para o diretor de Planejamento do BRDE, Otomar Vivian, o termo de cooperação vai aproximar ainda mais as possibilidades de crédito para as empresas cerealistas e, dessa maneira, garantir maior rentabilidade ao produtor rural. “Sabemos que um dos grandes desafios do momento é a questão da armazenagem de grãos, o que se torna estratégico em termos de mercado”, destacou Vivian.
Através do programa Meu Agro é BRDE, o banco superou a marca de R$ 1,1 bilhão em operações no ano passado para o setor primário. O montante dobra de volume ao considerar os financiamentos para a indústria de transformação voltada ao segmento. “Somos um importante parceiro do agro, em especial nos projetos de produção sustentável”, destacou o diretor.
Acompanhando junto aos produtores rurais todo o processo produtivo, desde o plantio até a etapa de comercialização, a Acebra congrega as entidades representativas da indústria cerealista dos estados onde o BRDE atua diretamente. Na avaliação do presidente da Associação, Jerônimo Goergen, a parceria representará um importante instrumento para fomentar novos investimentos.
“O setor cerealista enfrentava problemas históricos de acesso ao crédito e essa parceria com o BRDE é um importante passo”, afirmou Goergen. “Investir em pontos estratégicos, como armazenagem, irrigação e energias limpas, significa desenvolver o agro e toda a economia do sul do país.”
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, salientou o quanto a produção de alimentos é essencial, o que reforça a necessidade de apoio por parte dos bancos de fomento diante dos desafios do setor na produção de grãos. “Maior capacidade de armazenagem e a irrigação são infraestruturas que se complementam, por isso a importância de novas linhas de crédito”, destacou Polo. “Vejam como foram importantes as reformas aprovadas pelo governo do Estado, com as condições fiscais permitindo aos bancos acessarem novos recursos.”
O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, observou que a crise hídrica vivida pelos produtores gaúchos nos últimos três anos alterou o entendimento sobre a necessidade de melhorar a reservação de água e investir na irrigação e no manejo do solo. “Agora precisamos avançar ainda mais na execução dos projetos, pois é através do agro que as grandes transformações acontecem”, apontou o secretário. Santini lembrou, ainda, que já foram investidos mais de R$ 300 milhões na abertura de pequenos açudes e poços artesianos para beneficiar a agricultura familiar no Rio Grande do Sul.
A assinatura do convênio ocorreu na sede do banco, em Porto Alegre, e contou também com a presença do superintendente do BRDE no Rio Grande do Sul, Maurício Mocelin, e do diretor da Acebra, Jacson Volnei Ausani. Representantes das entidades dos demais estados da região Sul acompanharam o evento de forma on-line.
Texto: Pepo Kerschner/Ascom BRDE
Edição: Camila Cargnelutti/Secom