Após nove anos buscando destravar o projeto de expansão de um terminal do porto de Rio Grande, representantes da CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda.) saíram de uma reunião no Palácio Piratini, na tarde da última quarta-feira (24/7), levando em mãos documento assinado pelo governador Eduardo Leite. A autorização do Estado permitirá que a CCGL dê andamento junto à União ao projeto que viabilizará o investimento de R$ 500 milhões na unidade portuária.
“Nosso papel é ser um facilitador para que os investimentos necessários para o crescimento do RS ocorram”, destacou o governador, que esteve acompanhado do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e do superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima.
A análise prévia do projeto ficou a cargo da superintendência. “Fizemos um estudo e entendemos que a proposta condiz com o ambiente logístico do porto de Rio Grande e com os planos estratégicos do governo”, afirmou Estima.
Com a ampliação, a capacidade de escoamento de produtos agrícolas da CCGL será quadriplicada. Atualmente, o chamado fluxo de expedição é de 1,5 mil toneladas por hora e saltará para 6 mil toneladas por hora. A capacidade de armazenagem passará de 278 mil toneladas para 778 mil toneladas.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, comemorou o andamento do processo, pois, segundo ele, terá impacto direto em toda a economia gaúcha. “A agricultura corresponde a 42% do nosso PIB. Investir em escoamento da produção, significa ampliação dos negócios e, consequentemente, crescimento econômico”, ressaltou Covatti.
O projeto prevê três anos para ser concluído, já que os navios seguirão operando durante a obra, e a expectativa é de se iniciar os trabalho ainda neste ano. “Vamos enviar em seguida esse documento que faltava para a Secretaria Nacional dos Portos e, assim que derem o ok, vamos iniciar a obra imediatamente”, disse o presidente da CCGL, Caio Viana.
A cooperativa
Considerada uma das maiores cooperativas do Brasil, a CCGL tem cerca de 171 mil produtores, estando presente em mais de 350 municípios gaúchos. Para desenvolver suas atividades com maior competitividade, os associados contam com apoio de suas unidades especializadas em tecnologias aplicadas na agropecuária, logística e laticínios.
A entidade, com sede em Cruz Alta e composta por 31 cooperativas, é a operadora dos terminais Termasa e Tergrasa, responsáveis pelos serviços de recebimento, armazenagem e expedição de granéis agrícolas no Porto do Rio Grande. Juntos, os terminais representam cerca de 14% das movimentações da soja nacional e 52% de todos os grãos do Rio Grande do Sul.