Selo de Indicação Geográfica da iguaria gaúcha será apresentado no III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, em Belo Horizonte (MG) |
Belo Horizonte – Além das características, os Doces de Pelotas possuem uma certificação única que os fazem ser reconhecidos em todos os lugares. E, para apresentar as metodologias do Selo de Indicação Geográfica do Sebrae, a presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Luciana Silveira, estará em Belo Horizonte (MG) durante o III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas. O evento ocorre de 9 a 11 de agosto, iniciativa do Sebrae, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com apoio do INPI da França. Interessados em participar podem se inscrever aqui: https://goo.gl/4NhC6Q. Nos dias 9 e 10, o Sebrae Minas (Av. Barão Homem de Melo, 329 – Nova Granada) promoverá os seminários técnicos e o Desafio Tecnológico Indicações Geográficas. No dia 11, o Museu Abílio Barreto (Av. Prudente de Morais, 202 – Cidade Jardim) receberá uma feira de produtos com Indicação Geográfica. O evento tem a proposta de gerar negócios e promover a temática junto aos empresários de pequenos negócios. Para isso, terá painéis sobre o tema, entre os quais está o impacto das Indicações Geográficas no desenvolvimento regional, além de agendas de negócios e uma feira aberta ao público. Luciana Silveira irá participar do painel Controle e Rastreabilidade nas Indicações Geográficas e Marcas Coletivas no dia 09 de agosto, às 17h. Ela conta que, para um empreendimento em Pelotas conseguir ser qualificado com o Selo de Indicação Geográfica é preciso passar por uma série de avaliações a partir de um conselho consultivo. Depois disso, todo o processo de produção é acompanhado minuciosamente e registrado. “Temos controle absoluto de toda a produção. Dessa forma, podemos saber exatamente como está sendo feito e como está sendo vendido o produto”, revela. A presidente da associação comenta como a participação no evento internacional é importante para o reconhecimento das doceiras. “Temos muito trabalho em manter a tradição dos doces tradicionais da forma como eram feitos, por isso, poder apresentar para todos e ser visto como exemplo é muito bom”, comemora. A tradição doceira de Pelotas foi declarada, em maio deste ano, Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A gestora do projeto Pelotas Turismo Cultural do Sebrae RS, Jussara Argoud, esclarece que a Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local tenha se tornado conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve a sua origem. “No Brasil, ela tem duas modalidades: Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP). E é justamente na IP que os Doces de Pelotas são certificados”, informa. De acordo com a gestora, o projeto em parceria com a Associação dos Produtores de Doces de Pelotas é antigo, mas nos últimos dois anos foi impulsionado por novas ideias voltadas ao turismo na região. “Temos um foco muito forte na qualificação dos empreendedores para estimular a economia da região. Desde 2016, o número de doceiras que possuem o selo subiu de 4 para 14”, comemora. Já a analista de inovação do Sebrae Nacional, Hulda Giesbrecht, comenta que o case gaúcho é um diferencial entre os que ela acompanha pelo País. “O Selo de Indicação Geográfica que é utilizado pela Associação dos Produtores de Doces de Pelotas dá uma garantia aos consumidores que eles realmente terão um produto original e que tem as suas tradições preservadas. Além disso, sua aplicação é simples e eficaz”, explica Hulda. |