26ª FENADOCE É LANÇADA OFICIALMENTE EM PELOTAS

    Presidente do Iphan, Kátia Bogéa, entregou à prefeita certificados que reconhecem município como patrimônio cultural do Brasil

    A cultura doceira nunca esteve tão em evidência no cenário municipal como agora. No ano em que a tradição doceira de Pelotas é reconhecida como patrimônio imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e no dia em que é sancionada a lei que institui o Dia da Doceira, a abertura da 26ª Fenadoce ganha um sentido especial e assume um marco histórico nacional para Pelotas.

    Na noite desta terça-feira (5), no palco da Cidade do Doce, uma cerimônia reunindo autoridades municipais, estaduais, civis e militares oficializou o início da Feira em 2018. O evento marcou a entrega dos títulos de registros que reconhecem Pelotas como patrimônio cultural material e imaterial brasileiro pelo conjunto arquitetônico e a tradição doceira, respectivamente.

    Certificação como patrimônio

    A distinção inédita feita pelo Iphan – ao deferir simultaneamente dois pedidos – foi legitimado pela presidente do Iphan, Kátia Bogéa, ao entregar os documentos à prefeita Paula Mascarenhas, e aos representantes das cidades que compõe a Antiga Pelotas – Morro Redondo, Turuçu, Capão do Leão e Arroio do Padre.

    “A Cidade do Doce simboliza exatamente o que foi reconhecido: o nosso patrimônio material, edificado, que está reproduzido neste cenário representando a história de Pelotas e o que tem atrás destas paredes, as doceiras e suas produções, que são a alma e a consistência deste patrimônio. O nosso compromisso com o Iphan e com o Brasil é continuar respeitando a memória da tradição doceira, quem a fez e trouxe até aqui, mas abrir portas àqueles que vão chegar e trazer novas culturas e desafios”, salientou Paula.

    Diversidade é riqueza da cidade

    A prefeita ainda ressaltou que a maior riqueza do município é a sua diversidade – de paisagens, etnias e culturas, que estão evidenciadas neste reconhecimento da cultura doceira.“Para o Iphan, o tombamento do Conjunto Histórico e o registro da tradição doceira nos mostra qual será o futuro do patrimônio no Brasil e no mundo, que é trabalhar no território sem separar o material do imaterial. Uma cidade sem as pessoas e sem o modo de fazer e criar, é uma cidade sem alma. Para que tenhamos a nossa identidade, precisamos conhecer bem as nossas raízes e a nossa história”, justificou Kátia, que reafirmou o compromisso do Instituto para a preservação destes patrimônios.

    Interação com público e expositores

    Ao final da cerimônia de abertura, Paula, o vice-prefeito Idemar Barz, Kátia, a corte da Fenadoce e demais autoridades caminharam pelos corredores da feira, conheceram algumas fábricas de doce para acompanhar o processo de produção das iguarias e cumprimentaram os produtores da Feira de Agricultura Familiar – em 62 estandes, são comercializados queijos coloniais, geleias, vinhos, doces tradicionais, entre outros.

    O grupo também esteve no estande da Prefeitura e no espaço do projeto Fenadoce Cultural, que tem financiamento do Procultura RS LIC, do governo do Estado. Artistas do grupo Ânima foram responsáveis por apresentações musicais.

    Dias mais doces

    Promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a 26ª Fenadoce fica aberta aos visitantes até dia 17 de junho. Este ano, o tema escolhido para a feira é “Nosso Mundo Mais Doce”, que busca contribuir para a construção de relações solidárias e sustentáveis para uma cidade, efetivamente, mais doce.

    São 250 expositores das áreas de artesanato, comércio, serviços e moda, 17 estabelecimentos na Praça de Alimentação e 42 estandes na Cidade do Doce – que oferecem mais de 200 variedades de iguarias. Mais de 740 apresentações serão realizadas durante esta edição.

    Turistas latino-americanos

    Criada em 1986, a Fenadoce só passou a ter edições anuais dois anos depois. Agora com cenário fixo no Centro de Eventos, ela atrai visitantes e turistas de todo o Brasil e da América Latina, que têm a oportunidade de conhecer este universo gastronômico, cultural e comercial. Em 2017, 281 mil pessoas passaram pela feira e 2,2 milhões de doces foram comercializados.

    Prestigiaram a abertura da Fenadoce as soberanas da Feira, Sara Carolina Silva Dias, Laura Feijó da Silva e Júlia Moura de la Rocha; a conselheira-gestora da CDL, Vanisse Krause; o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Estado, representando o governador José Ivo Sartori; o deputado estadual, Catarina Paladini (PSB), representando a Assembleia Legislativa; o presidente da Câmara Municipal, Anderson Garcia; os vereadores Daniel Trzeciak (PSDB), Fabrício Tavares (PSD), Luiz Henrique Viana (PSDB), Éder Blank (PDT), Enéias Clarindo (PSDB), Daiane Dias (PSB) e Zilda Bürkle (PSD); além de parte do secretariado do Município e demais autoridades municipais, políticas, civis e militares

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