Governo federal quer leiloar seis blocos da Bacia de Pelotas para exploração de gás ou petróleo
O leilão está previsto para acontecer no final de setembro, e cada um dos blocos deve ter o custo de R$ 20 milhões. Áreas leiloadas em 2015 ainda não foram perfuradas por falta de liberação ambiental.
O governo federal quer incentivar a exploração de petróleo na bacia de Pelotas, no Sul do estado. Um leilão deve ser realizado em setembro, e o executivo gaúcho aposta na possibilidade de geração de recursos e empregos para a região.
Os seis blocos da bacia de Pelotas que devem ser leiloados ficam próximos da fronteira com o Uruguai. O custo de cada uma delas é estimado em R$ 20 milhões, valor que deve ser pago pela exploração por 7 anos.
A empresa que assumir a exploração deve repassar ainda 5% dos lucros para o estado. Em leilões anteriores, a taxa era de 10%, mas foi reduzida com o intuito de atrair investidores.
O tema foi debatido entre o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o secretário das Minas e Energia, Artur Lemos, e o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone, durante reunião na terça-feira (8) no Palácio Piratini.
A licitação está prevista para acontecer no dia 27 de setembro, e o resultado deve ser anunciado no mesmo dia. De acordo com o governo federal, a bacia de Pelotas tem a possibilidade concreta de produzir petróleo e gás natural.
Até agora, foram perfurados 25 poços no Rio Grande do Sul, mas ainda não foram encontrados petróleo ou gás natural. O último leilão aconteceu em 2015, quando quatro bacias foram compradas pela Petrobras, mas nenhum poço foi perfurado por falta de liberação ambiental.
Leilão da Bacia de Pelotas pode render até R$ 1,8 bi
Se os 51 blocos da Bacia de Pelotas, licitados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), forem arrematados pelo valor mínimo, serão arrecadados R$ 500 milhões. Considerando que os investimentos para exploração devem ser superiores a R$ 1,3 bilhão, serão aportados, no mínimo, R$ 1,8 bilhão. A estimativa é da diretora geral da ANP, Magda Chambriard, que se reuniu com o vice-governador José Paulo Cairoli e o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, nesta quinta-feira (30), no Palácio Piratini. Chambriard afirmou que 21 empresas já se habilitaram e destas, a metade são grandes empresas nacionais, com participação de mais de oito países.
A executiva esteve no RS anunciando a 13ª Rodada de Licitações da ANP, prevista para 7 de outubro, que oferecerá 266 blocos em 22 setores de 10 bacias sedimentares, num total de aproximadamente 125 mil km², localizados em dez estados brasileiros. No Rio Grande do Sul serão 51 bacias, consideradas novas fronteiras.
“Só a possibilidade de o Rio Grande do Sul fazer parte dos estados produtores de petróleo já nos deixa esperançosos. Os investimentos serão benéficos a vários setores da nossa economia. Se no Uruguai já é explorado petróleo, há boa possibilidade de que também exista na nossa Metade Sul”, explica o vice-governador.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, informou que o tema será pauta da próxima reunião do Copergs, que ocorre durante a Expointer, no dia 1º de setembro, na Casa da Farsul. “Na ocasião, serão tratados, prioritariamente, os blocos ofertados na Bacia de Pelotas e os detalhes da 13ª Rodada”, acrescentou o secretário.