DEPOIS DE QUASE TRÊS ANOS ECONOMIA GAÚCHA PARA DE CAIR

    Apesar de a recessão ter dado uma trégua, PIB do RS ainda não voltou a crescer

     Agropecuária apresentou resultado positivo no primeiro trimestre

    Depois de 11 trimestres seguidos no vermelho, a economia gaúcha parou de cair. Mas, apesar de a recessão ter dado uma trégua, o Estado ainda não voltou a crescer. Nos primeiros três meses deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul ficou igual ao do mesmo período de 2016, ou seja, teve variação nula, conforme dados divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta terça-feira (12).

    Entre os setores que compõem o indicador, o único que avançou foi a agropecuária, com crescimento de 3,5%, influenciada pelos resultados positivos da safra. No sentido contrário, a indústria encolheu 1%, enquanto o setor de serviços teve leve baixa de 0,1%.

    Além da alta vinda do campo, o coordenador do Núcleo de Contas Regionais, Roberto Rocha, destaca o desempenho positivo da indústria de transformação. Entre janeiro e março, a atividade subiu 0,7%, o segundo avanço consecutivo nessa base de comparação.

    Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB gaúcho teve resultado positivo de 0,6% no início deste ano. Nesse tipo de análise, os três setores apresentaram variação positiva: agropecuária (4,7%), indústria (1%) e serviços (0,7%).

    “A safra da soja certamente dará um forte impulso para o crescimento da economia no segundo trimestre, mas para a indústria de transformação é necessário ver se se confirmará o incremento das exportações”, analisou o diretor técnico da FEE, Martinho Lazzari, em comunicado.

    Ainda na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a variação nula do PIB gaúcho foi melhor do que o desempenho da economia nacional, que recuou 0,4%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo deste mês. Porém, na comparação dos primeiros três meses deste ano com o período imediatamente anterior, o avanço no país foi maior, de 1%.

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