FIM DAS ESPERANÇAS: PRESIDENTE DA PETROBRAS DESCARTA CONTINUIDADE DA P-71 EM RIO GRANDE

    Presidente da Petrobras, Pedro Parente descartou a continuidade da P-71

    Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, falou sobre a realidade da empresa e deixou a entender que a P-71 não será concluída e que o futuro do Polo Naval de Rio Grande é incerto. Diante da crise no Setor Naval, está programado para o dia 29 deste mês, em Rio Grande, mais um ato sobre o Polo. Líderes dos metalúrgicos e políticos já estão mobilizando a categoria para o encontro.

    Ainda sobre a P-71, Pedro Parente disse: “não faz sentido contratar plataforma que não terá uso.” A saída, segundo o presidente, seria tornar o Polo Naval um integrador de plataformas. “Foram construídos muitos estaleiros no Brasil, sendo que o mercado competitivo fora é muito grande”, disse. O grande erro da Petrobras, segundo ele, foi contratar serviços contanto com o prazo de entrega, o que não aconteceu.

    MOBILIZAÇÕES
    Outra mobilização a favor do Polo Naval ocorre em Brasília. Na quarta-feira, o prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer esteve reunido com o presidente do Senado, o senador Eunício Oliveira (PMDB- MT), que se comprometeu em marcar uma reunião com o presidente da República, Michel Temer, para tratar sobre a retomada do setor.

    O chefe do Executivo municipal de Rio Grande esteve em Brasília para o Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Naval, onde foi apresentado um panorama geral sobre a atual situação e os reflexos negativos que a mudança política do governo Federal e da Petrobras trouxeram para a cidade e região.

    A queda na arrecadação também foi exposta, uma vez que, todos os municípios impactados com as políticas de investimento no Setor Naval, vivenciam uma retração violenta nos cofres públicos e precisam adaptar serviços e investimentos. Assim como os reflexos em toda cadeia produtiva que se criou em torno do Polo, desde o Ensino ao setor de Serviços e Varejo.

    A retração do Polo Naval aponta efeitos sociais de grandes proporções, principalmente pelo alto número de desempregados na região. Segundo o prefeito, a retomada do trabalho dentro do Estaleiro de Rio Grande é viável e de extrema importância para a manutenção do setor, uma vez que mais de 50% das obras da P-71 já estão concluídas.

    Além disso, Lindenmeyer afirmou que há 147 mil toneladas de aço paradas no complexo da companhia, que poderão ter que “ser vendidas a preço de ferro-velho”. O prefeito estima que, atualmente, seria necessário um investimento menor para finalizar os serviços da plataforma no Estado.

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