AGRONEGÓCIO: EXPORTAÇÕES DO AGRO GAÚCHO CRESCEM EM VALOR E VOLUME NO PRIMEIRO TRIMESTRE

    O complexo soja foi o principal setor exportador no mês de março PORTO DE RIO GRANDE/DIVULGAÇÃO/JC – Jornal do Comercio RS

    As exportações do agronegócio gaúcho fecharam o mês de março totalizando US$ 723,2 milhões. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento no valor exportado (4,4%) e nos preços médios praticados (7,3%) e queda no volume embarcado (-2,8%). Em termos absolutos, o crescimento nas exportações foi de US$ 30,3 milhões. Já no acumulado de janeiro a março de 2017, as exportações somaram US$ 1,9 bilhão.

    Os dados são da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Em março, os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram complexo soja (US$ 298,1 milhões), carnes (US$ 168,3 milhões), cereais, farinhas e preparações (US$ 56,8 milhões), fumo e seus produtos (US$ 54,0 milhões) e couros e peleteria (US$ 38,6 milhões). O complexo soja apresentou significativo crescimento em valor (99,0%) e volume embarcado (58,8%), assim como nos preços médios praticados (25,3%), especialmente o grão de soja, com valor exportado 292,4% superior em relação a março de 2016. “A expectativa de recorde de produção (17,3 milhões de toneladas, segundo o IBGE) e os conhecidos gargalos de armazenagem no Estado podem ter contribuído para a intensificação dos embarques da soja em março, comparativamente ao ano anterior”, pondera o economista do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, Sérgio Leusin Júnior.

    Os principais destinos das exportações no mês foram China (37,5%), União Europeia (12,4%), Rússia (4,3%), Irã (3,4%) e Argentina (3,1%). Esses destinos concentraram 60,7% do valor das vendas externas em março. A China foi responsável pelo maior crescimento absoluto em valor (mais US$ 178,8 milhões; 194,3%). No acumulado de janeiro a março de 2017, o valor de US$ 1,9 bilhão nas exportações representa uma elevação de 11,1% em relação a igual período de 2016. A dinâmica das vendas externas foi caracterizada por apresentar crescimento no volume embarcado (15,9%) e queda nos preços médios (4,2%).

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