Facilitar o acesso das cooperativas a programas de financiamento e de fomento do governo do Estado é o objetivo do Grupo de Fomento ao Setor Cooperativista lançado nesta quarta-feira (1º), no Palácio Piratini. Na oportunidade, quatro protocolos de intenções foram assinados, para investimentos no setor.
O grupo é formado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro/RS); a Organização das Cooperativas do RS (Ocergs); e as secretarias do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo; da Agricultura, Pecuária e Irrigação; e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. O grupo tem ainda o apoio da Secretaria da Fazenda, Banrisul, BRDE e Badesul.
A busca de alternativas e o diálogo com o setor começaram em 2016, com um seminário em que o governo do Estado apresentou as ferramentas de investimento do Rio Grande do Sul. Fruto desse trabalho, durante o evento, foram assinados três protocolos de intenções com cooperativas: a Santa Clara, a Cosuel e a Tritícola Frederico Westphalen. Juntas, a estimativa de investimento é de R$ 226,7 milhões e a geração de aproximadamente 480 empregos diretos.
O outro protocolo de intenção assinado foi com a São José Industrial, unidade do setor de implementos agrícolas, que prevê investimentos de R$ 35 milhões e a geração de 50 empregos diretos, no primeiro ano, e 30, no segundo ano.
“O motor da nossa economia são as nossas cooperativas. Formalizar a criação desse grupo é a expectativa de novos negócios e o mais importante é todos estarem integrados. O cooperativismo tem o papel de ser forte e ensinar os outros a serem colaborativos e solidários”, destacou o governador José Ivo Sartori, que ressaltou que os protocolos assinados sinalizam a competitividade e a valorização da atividade cooperativista.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, essa iniciativa faz parte da necessidade de aprofundar e usar melhor os recursos que o Estado oferece. “Seja nossa matéria-prima ou nosso capital humano. Vamos dar uma atenção maior ao que podemos oferecer, estar mais presente, mais pró-ativo e menos burocrático”, salientou.
O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, lembrou que quem ganha mais com essas oportunidades são “as cooperativas, os municípios e o Estado, porque eles contribuem para o desenvolvimento regional, ajudando a retomar o sistema financeiro do Estado”.
O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, disse que o cooperativismo é um setor que vem crescendo a cada ano e necessita desse apoio governamental para continuar se destacando e inovando.
Os investimentos previstos pelas cooperativas são resultados de financiamento por meio do BRDE. Segundo presidente da entidade, Odacir Klein, esses projetos fazem com que o Rio Grande do Sul tenha mais geração de renda, emprego e tributos. “Em 2016, o BRDE aprovou em linhas de crédito R$ 465 milhões para as cooperativas, que contemplam cerca de 300 mil famílias. Esse é o resultado de quem incentiva o desenvolvimento do Estado”, afirmou.
Protocolos assinados:
Cooperativa Santa Clara
Investimento: R$ 130 milhões
Empregos diretos: 145
Previsão de início das operações: junho de 2018
Cooperativa Cosuel
Investimento: R$ 89 milhões
Empregos diretos: 320
Previsão de início das operações: julho de 2020
Cooperativa Tritícola Frederico Westphalen
Investimento: R$ 7,7 milhões
Empregos diretos: 22
Previsão de início das operações: novembro de 2017
São José Industrial
Investimento: R$ 35 milhões
Empregos diretos: 50 no primeiro ano e 30 no segundo
Previsão de início das operações: junho de 2018